Vender a empresa pode ser uma forma de realização do empreendedor

Empreendedorismo | Motivação

No passado era comum um empreendedor criar um negócio, fazê-lo crescer e se consolidar e depois passar a gestão da empresa aos filhos, netos e demais herdeiros.

As empresas familiares tinham um histórico no qual se confundia a gestão da família com a gestão do negócio.

Empreendedores daquela época jamais pensavam na possibilidade de vender a empresa, mesmo porque se tratava de um patrimônio da família.

Atualmente, isso tem mudado muito rapidamente, mesmo no Brasil, que tem uma forte tradição de empresas familiares.

Ao redor do mundo, mas principalmente nos EUA, os empreendedores têm criado empresas já com a intenção de vendê-las em um determinado momento.

Alguns empreendedores brasileiros mais jovens também têm buscado aplicar esta mesma estratégia.

Isso pode ser observado em mercados dinâmicos, como as startups criadas para atuar preferencialmente na internet.

Será que o amor pelo negócio deixou de ser eterno? Na verdade, o amor desse tipo de empreendedor é pelo processo de criar, de desenvolver, de juntar a equipe e os recursos e não necessariamente pelo sentimento de posse.

É como um filho, educado e cuidado desde o início, que quando atinge a vida adulta conquista sua independência.

Esta analogia pode ser perfeitamente aplicada aos negócios. O mais interessante é que, ao vender uma empresa, o empreender não apaga sua história.

Ele pode estar criando as condições para sua longevidade.

Pessoalmente, ele coloca uma boa quantia de dinheiro no bolso, que poderá, inclusive, servir de investimento para a próxima empreitada.

Muitos empreendedores aproveitam esse momento raro não mais à frente da empresa que criaram para descansar, viajar, fazer o famoso sabático e, quando voltam à ativa, geralmente criam novas empresas ou investem em negócios já existentes com o objetivo de multiplicar seu valor.

Outros preferem o empreendedorismo social. Enfim, os objetivos mudam, mas a vontade de fazer acontecer e de realização continuam.

Esta coluna foi escrita com base no livro Empreenda (quase) sem dinheiro.

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